MODA ENCANTADA: BRACELETES

DA LENDA ATÉ A VENDA

Complementando a tendência estampada e colorida Gypsy Queens, os braceletes integram na composição final do look. Após alguns anos fora de uso, eles retornam com força total. 

Originalmente, o bracelete seria um artigo de jóia "desgastada" utilizada em torno do pulso. Mas hoje, o nome "bracelete" também aplica-se a acessórios de pulso compostos por diversas matérias primas, como: couro, pano, tecido, plástico, metal, pedras, madeira e etc. 

Mais do que modismo, houve época, em que o bracelete possuía um grande significado cultural,  sendo a representação de proteção espiritual, renascimento e rito de passagem. Contudo, mesmo que em pequena escala, até hoje, podemos perceber resquícios dessa atribuição antiga dada ao bracelete.

No Egito Antigo, os braceletes simbolizavam "renascimento" e "regeneração". Um dos símbolos mais presentes e conotativos da época, os "Braceletes de Scarab", eram utilizados na preparação das múmias. A jóia desgastada era colocada no pulso do morto e envolvida nas bandagens de linho para mumificação. Os egípcios acreditavam que o Deus do Scarab (pedra matéria prima do bracelete), Khepri, empurrava o sol através do céu, portanto, a representação do Deus no bracelete, indicaria um rito de passagem, renascimento, como a ave fênix, que das cinzas, renasce para uma nova vida.

Bracelete de Tutankhamon com Scarab

Este bracelete de Tutankhamon com um scarab, símbolo do nascimento do Sol, era o motivo mais usado na joalheria egípcia.

Bracelete de Tutankhamon com Scarab

Este bracelete de Tutankhamon com um scarab, símbolo do nascimento do Sol, era o motivo mais usado na joalheria egípcia.

Na América Latina, povos indígenas utilizavam o acessório, composto em azabache, como escudo contra o mal olhado. Durante milhares de anos, atribuiu-se ao azabache um grande poder espiritual. Em razão desta faculdade, o bracelete em azabache simbolizava a proteção de todo o mal e talismã do Caminho de Santiago, o protetor do Peregrino.Os nativos faziam uso do acessório desde o nascimento, já que acreditavam que os recém nascidos, frágeis e desprotegidos diante do mundo, eram vulneráveis ao mal olhado e energias negativas mais do que qualquer outro ser humano.

Ainda hoje, o bracelete possui outros atributos curiosos que não seja somente acessório de moda. Na Bulgária, por exemplo, existe uma tradição chamada Martenitsa, na qual o bracelete, formado por duas cordas, uma vermelha e outra branca ,em torno do pulso, é utilizado em favor a Baba Marta para boa saúde, felicidade e sorte no amor. 

  

Na Índia, a quantidade de braceletes no pulso de uma mulher e o tempo de uso, denotam seu status marital. Arebabá!!!

Mais do que modismo, tudo o que usamos tem um significado e origem que vão muito além do que podemos imaginar. Pra quem já assistiu o filme " O Diabo veste Prada", a cena em que a personagem de Maryl Streep dá uma lição de moral em sua assitente, interpretada por Anne Hathaway, explicando a origem de seu simples suéter azul royal, no qual sua origem e representação iam muito além do que uma simples cor e design de outlet; representa muito bem a verdadeira face da moda e o que um "simples" bracele, em verdade, é. 

Os próprios ciganos, não utilizavam o bracelete somente para beleza, já que para eles, o acessório também denotava uma profunda representação mística, ,de proteção e encantamento. Portanto, tudo a ver o bracelete incorporar essa nova tendência multicolorida e estampada do estilo Gypsy Queens. De fato, analisado pelo prisma em questão, o bracelete torna-se um item  MUST HAVE para wishlist de que curte esse estilo e tendência.

Braceletes Ciganos